No dia 09 de abril, foi celebrado o centenário de nascimento de Amácio Mazzaropi, o imortal Jeca, do cinema nacional. Mazzaropi, ainda criança, veio morar em Taubaté e, desde pequeno, revelava um talento para as artes cênicas. Encenava monólogos na escola o tempo todo e quando conheceu uma trupe circense descobriu o que queria na vida. Os pais foram contra, mas com tamanha insistência do filho cederam. Ambos ingressaram na trupe, a mãe como atriz e o pai cuidando da administração.
Do circo, Mazzaropi foi para o teatro, para o rádio, para a tv e depois chegou ao cinema. Tornou-se um astro nacionalmente conhecido e fez 32 filmes ao longo de três décadas. Com a PAM Filmes, uma produtora independente criada por ele mesmo, mostrou que poderia fazer cinema de qualidade, atrair o público, sem financiamentos ou patrocínios.
Mazzaropi morreu em 1981, sem deixar herdeiros. A PAM Filmes e todo o acervo foram leiloados e os recursos divididos entre os parceiros e amigos contemplados no testamento.
Muito criticado por fazer cinema para o povo, Mazzaropi morreu sem ter o reconhecimento da crítica e intuiu que após a sua morte iriam homenageá-lo e organizar mostras a respeito dos filmes. Mazzaropi reforçou a importância de se preservar a cultura caipira que, até nos dias atuais é um dos principais gostos dos brasileiros.