Deixar um bilhete perguntando se o hóspede faz ou não questão de trocar a toalha e dizer que isso ajuda o meio ambiente já virou senso comum nos hotéis do país. A hotelaria nacional está buscando novas medidas ligadas à sustentabilidade.
Geração de energia alternativa, reutilização de água e atenção à comunidade local têm se tornado padrão em hotéis que se classificam como ecologicamente corretos.
A pousada Blumenberg, de Canela (RS), que venceu um prêmio de sustentabilidade em 2012, instalou, em julho, painéis solares para aquecer a água dos chuveiros. O que não parece ser muito especial vai aliviar em 60% o sistema atual –ecológico, diga-se-, usado desde a abertura da pousada, há 15 anos: uma caldeira na qual se queima lenha de origem certificada, com uma chaminé que corta o imóvel (e esquenta o ambiente).
Na Ronco do Bugio, em Piedade (a 99 km de São Paulo), desde julho a água servida nos restaurantes e quartos não vem de garrafas plásticas. Vasilhames de vidro são abastecidos com água coletada em um poço cavado ali mesmo.
Reduzir o lixo também foi o foco do Unique Garden, em Mairiporã (a 37 km da capital paulista), que disse adeus ao papel em junho.
Agora, cada hóspede recebe um tablet no check-in e o usa não apenas para acessar a internet, mas ler o cardápio dos restaurantes, fazer pedidos para o serviço de quarto e programar atividades no spa.
A tendência ao verde faz sentido no Brasil: em uma pesquisa do site TripAdvisor com 35.042 pessoas de 26 países, 90% dos brasileiros disseram achar importante que um hotel adote práticas sustentáveis, mais do que em qualquer outro país –a média global foi de 79%.
Outro estudo, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, descobriu que hóspedes que se engajam em programas de sustentabilidade em hotéis se sentem mais satisfeitos com sua estadia.
Fonte: Folha
Imagem: Zé Carlos Barretta/Folhapress