O Turismo Pet

21/02/2014

Como legítimos membros da família, os pets cada vez mais estão presentes nas férias, passeios e momentos de lazer. O fenômeno da humanização é crescente e traz às pessoas a necessidade da companhia constante dos seus mascotes. Algumas chegam até a desistir de viajar se não puder levá-los.

 Em países como os Estados Unidos e o Canadá, o “turismo pet” é um segmento valorizado e em constante expansão que já conta com uma impressionante quantidade de empresas especializadas em serviços de turismo e organização de eventos para pets. É também comum os hotéis aceitarem como hóspedes os animais que acompanham seus donos. Em alguns casos, com direito até a uma recepção especial, que pode incluir desde biscoitos e ração servidos em pratos personalizados a massagens, dependendo, claro, do estabelecimento.

 Além disso, existem sites que são verdadeiros “Guias de Turismo Pet” on-line, apresentando os roteiros das principais cidades, listas de restaurantes, parques, hotéis, praias e todos os locais que possam ser frequentados por pets. Também há agências de turismo que providenciam absolutamente tudo, desde o transporte até a reserva do hotel, para que a viagem dos pets e seus proprietários seja inesquecível. E vamos ainda mais longe na especialização, como a organização de excursões onde os pets e proprietários podem realizar atividades radicais como canoagem e rafting e a criação de um acampamento de férias para pets e, claro, seus inseparáveis donos.

 No Brasil, o foco do mercado para pets é bastante promissor mas ainda não chegou a tanto, especialmente porque pouquíssimas agências de viagem e guias do setor hoteleiro possuem informações sobre o tema.

 Adicionalmente, uma das principais barreiras apontadas por aqueles que não viajam em companhia dos seus mascotes é o fator financeiro. No entanto, este é mais um tabu a ser derrubado pois, quando não são levados nas viagens, os cuidados com os pets podem acarretar altos custos a depender da opção escolhida (hotel para animais, serviço de Pet Sitter, etc). O que conclui que, considerando os fatores que possam constar ou não no orçamento da viagem (taxa cobrada pelo hotel referente à estadia do pet com os donos, custos com transporte do animal, etc), em alguns casos, pode sair muito mais caro a opção de deixar o mascote. Sem falar que corremos o risco de abrir mão da companhia mais fiel, divertida e verdadeira que se pode desejar durante uma viagem.

Felizmente, este cenário está mudando e os brasileiros estão viajando cada vez mais, dentro e fora do país, acompanhados de seus animais de estimação. Um recente levantamento do Instituto Pasteur, em São Paulo, aponta que, foram emitidos por mês, no primeiro semestre de 2013, uma média de 170 laudos que autorizaram viagens de pets para destinos internacionais. Um crescimento de 21% em relação ao ano de 2006. Do total de laudos, 90% são para cães. Consequentemente, cresce também o número de estabelecimentos que se adaptam a esta realidade do mercado.

 Fonte: Turismo 4 Patas