Quem viaja de ônibus deveria usar o cinto de segurança, mas essa obrigação é cumprida por pouca gente. Com o cinto, o número de mortes em acidentes cai quase pela metade.
Um número que preocupa: apenas 2% dos passageiros de ônibus usam cinto de segurança. O dado é de um levantamento feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Os passageiros até tentam se explicar: “Incomoda, enfim, acabo não usando o cinto”, diz uma passageira.
“Acho necessário, mas é que eu nunca usei”, diz outra passageira.
O advogado Victor Daniel Mendes é uma exceção. “Qualquer meio de locomoção que tenha cinto eu estou usando: avião, ônibus intermunicipal, estadual”, afirma.
Testes feitos em laboratório provam que o cinto garante, sim, a segurança nos ônibus. O pesquisador do Departamento de Engenharia Mecânica da Unicamp Celso Arruda mostra a eficiência do dispositivo, principalmente para evitar lesões na cabeça.
“O objetivo do cinto é reter o corpo para que quando a cabeça vá para frente não pegue no banco que está na frente. Se estiver sem cinto o corpo todo vai para frente e colide a cabeça no banco dianteiro”, explica o pesquisador.